25 maio 2010

Rascunho

As vezes me perco.
Tempo, horas, dias, meses...
Não gosto de ser colocada á prova.
Não tenho medo do futuro, mas o presente me assusta.
Tenho ansia de viver cada minuto como se fosse o último. Por conta disso, me decepciono.
Muitas vezes, infelizmente, a recíproca não é verdadeira.
Tudo tem seu tempo? O meu é agora... nesse instante! Aliás, pra ontem!
Tenho sentimentos guardados a sete chaves, mas que quero gritar pro mundo.
Já tive gritos expostos aos quatro ventos, sem necessidade.
Já fiz loucuras. Várias.
De muitas delas, eu me arrependo. De outras, eu gostaria de repetir.
O pior arrependimento? É daquilo que eu não faço ou não consigo.
Pior ainda, se não consigo por conta de outra pessoa: Aí a coisa muda de figura. Vira questão de honra! Vira coceira. Vira alergia que tem que ser medicada.
Não sei viver na curiosidade: Preciso provar o gosto, o cheiro, o tempero, saber do desespero. Que seja por alguns minutos, algumas horas, alguns dias...
Perto dos olhos não me sacia. Preciso ter perto do coração, perto do corpo, perto da pele, da boca, dentro da alma.


Intensa - Enérgica, Veemente..
Insana - Excessiva, Louca.
Profana - Oposto ao respeito devido ao que é sagrado.


E ao mesmo tempo, uma menina - como disse, muitas vezes perdida - a procura de colo, abrigo, carinho e um olho que me enxergue. Será pedir muito?


Talvez nunca aconteça... Talvez um dia.
O meu desejo é que não fique só no rascunho. O que eu tenho pra doar é infinito, mas se preferir, acaba no dia que começa.


E assim, eu continuo na espera, na espreita, na caça.
Sou o inverso do avesso: Cordeiro em pele de lobo.
Muito do que se vê em mim, é só imaginação.

Luciana Cristina